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Médicos Veterinários

Como podem os veterinários lidar com a desinformação nas redes sociais?

Como podem os veterinários lidar com a desinformação nas redes sociais? iStock

A disseminação de desinformação nas redes sociais tornou-se “um problema urgente” em vários setores, incluindo na medicina veterinária, com os tutores a recorrem cada vez mais às plataformas sociais para aprenderem sobre saúde animal.

Um novo artigo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos da América (EUA) e da Zoetis, sintetizou investigações recentes sobre desinformação em cuidados de saúde animal, tendo concluído ser importante abordar preventivamente a desinformação e promover a confiança entre médicos veterinários e tutores de animais de companhia.

 

O artigo também sublinhou que a ascensão dos influenciadores nas redes sociais complicou ainda mais esta problemática, pois “os não especialistas têm vindo a ganhar uma influência considerável, apesar da sua falta de conhecimento especializado”.

Neste sentido, os investigadores defendem que os veterinários devem assumir “um papel ativo em desmascarar rumores e em estabelecer mecanismos transparentes para lidar com informações falsas, garantindo que os tutores recebam orientações precisas e baseadas na ciência”.

 

“Os tutores enfrentam um ambiente de informação online desalinhado que, muitas vezes, amplifica a desinformação e traz confusão. Isso é cada vez mais observado no campo da vacinação, com um aumento da hesitação em vacinar os animais devido à desinformação partilhada sobre as vacinas Covid-19, que se espalhou também para o espaço veterinário”, apontam os cientistas.

A procura por informações nas organizações científicas, de saúde e governamentais, assim como a avaliação do seu grau de confiabilidade, também tem registado um nível crescente de desconfiança por parte dos tutores.

 

“Além disso, a capacidade dos indivíduos em criarem conteúdo online com aparência profissional, com custos baixos conhecimentos técnicos mínimos, complica a avaliação da credibilidade de uma fonte de informação, seja ela governamental ou não”, destacam.

De acordo com os cientistas responsáveis pelo artigo, esta desinformação online leva ainda a uma amplificação da incerteza sobre quais informações são verdadeiras e, consequentemente, quem pode e deve ser uma fonte confiável sobre um tema.

 

“Prevenir a exposição à desinformação é a maneira mais eficaz de garantir que narrativas enganosas não ganhem força”, explicam os investigadores, que apelam à necessidade de ser limitada a prevalência de desinformação nas redes sociais, destacando os esforços das plataformas tecnológicas durante a pandemia de Covid-19 para reduzir a partilha de mensagens enganosas através da moderação do conteúdo.

 

 

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