Direitos reservados O médico veterinário Diogo dos Santos lançou uma plataforma que pretende transformar o mercado de contratação médico-veterinário. Com recurso a tecnologia de ponta, a Vet Talent funciona como uma intermediária de recrutamento, permanente e temporário, que conecta clínicas e hospitais a profissionais qualificados.
No universo da veterinária surgem lacunas frequentemente reportadas pelos profissionais: a contratação, a dificuldade de fixação e de criar condições que garantam a satisfação e estabilidade no trabalho. Esta é a ideia base que está na génese da Vet Talent, “uma plataforma que alia a modernização tecnológica da Inteligência Artificial a um problema real da comunidade veterinária”, conforme explica o fundador do projeto, Diogo dos Santos.
As dificuldades na contratação contribuem para uma alta rotatividade que, por vezes, se reflete na sobrecarga das equipas existentes. “A ausência de profissionais para fazer turnos, noites, ou para suprimir outras necessidades de agenda leva à exaustão das equipas, o que acaba por empurrar as pessoas para fora das empresas”, denota o responsável.
“A grande novidade está na utilização da Inteligência Artificial, que permite fazer o match entre o perfil do candidato e os requisitos procurados pelas clínicas e hospitais”
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A Vet Talent foi assim concebida para atender duas das principais necessidades do mercado: contratação de profissionais permanentes e temporários. Para o efeito, a plataforma conecta clínicas e hospitais a médicos veterinários, enfermeiros, auxiliares e até mesmo técnicos administrativos e de gestão. De acordo com o fundador do projeto, “a grande novidade está na utilização da Inteligência Artificial, que permite fazer o match entre o perfil do candidato e os requisitos procurados pelas clínicas e hospitais”.
A contratação assenta em dois moldes e será dividida em trabalhos permanentes – para vagas com contratos – e temporários – relacionados a turnos extra. Este último será destinado a profissionais que já exerçam atividade para outra entidade patronal ou para aqueles que atuem em regime de trabalho independente.
“No caso de turnos temporários, por exemplo, se uma clínica precisa de um profissional para cobrir uma noite específica, pode solicitar o serviço na plataforma. A partir dessa procura, a tecnologia gera uma listagem de todos os profissionais disponíveis na região e que atendam aos critérios especificados. O valor do serviço é definido pelo próprio profissional e a clínica decide se aceita ou não”, explica o médico veterinário.
Relativamente ao regime de contratação permanente, o sistema é semelhante. “As clínicas podem selecionar as características que pretendem dos profissionais, anos de experiência, salário pretendido, informação extralaboral que valorizam, como, por exemplo, seguro de saúde… E o match será feito com base nessa informação.”
À medida que o serviço for avançando, revela Diogo dos Santos, está previsto o desenvolvimento de um sistema de ranqueamento dos profissionais. Desta forma, os CAMV poderão decidir não só com base no valor cobrado, mas também pelos critérios dessa avaliação, que resultará do feedback de outras clínicas e hospitais.
O site já está disponível e a plataforma encontra-se atualmente em fase de testes, com previsão de conclusão até o final deste ano. Nessa altura, os profissionais já poderão fazer o registo. A abertura para os CAMV será implementada em seguida, garantindo que a entrada de profissionais na plataforma esteja consolidada antes de expandir os serviços às clínicas e hospitais.
