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OMV apela à obrigatoriedade e à vacinação gratuita contra vírus da língua azul

OMV apela à obrigatoriedade e à vacinação gratuita contra vírus da língua azul Direitos Reservados

O Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) alertou para a urgência e importância da vacinação contra o vírus da Língua Azul, pedindo obrigatoriedade e implementação da vacina gratuita.

De acordo com o comunicado de imprensa, a OMV reforçou a necessidade de os Médicos Veterinários seguirem as indicações da Autoridade Sanitária Nacional, bem como, de promoverem a vacinação dos efetivos suscetíveis, “como forma de os proteger e diminuir os impactos económicos resultantes do surto do serotipo 3 da Língua Azul”, sensibilizando os produtores de ovinos, que apesar do esforço financeiro, “a vacinação é o único meio de controlo e minimização do impacto da doença nos seus efetivos”.

 

Além disso, a OMV também se dirige ao Ministério da Agricultura, afirmando que, tendo em conta as particularidades da ovinicultura nacional e os desafios que as alterações climáticas e a consequente circulação de vetores colocam à saúde animal, possa ser declarada a obrigatoriedade da vacinação do efetivo ovino contra o serotipo 3 da Língua Azul e comparticipação da vacina, “como via única de travar a progressão da doença e salvaguardar o efetivo ovino nacional e o seu estatuto sanitário”.

O Conselho Diretivo da OMV também salienta que é importante ter bem presente a importância do Médico Veterinário no controlo sanitário, na pesquisa de agentes e na sua rápida deteção, aliada a uma atuação oficial independente.

 

Desta forma, a comunicação apela também a que a vacinação contra o serotipo 3 seja incluída no plano oficial obrigatório de vacinação, com disponibilização da vacina gratuita, “em quantidade e tempo adequados, para uma estratégia que deve ser realmente preventiva”.

A par disto, a OMV defende ainda a implementação de programa de vigilância de vetores e sentinelas; a informatização das notificações da doença, pelo médico veterinário, com registos quantificáveis e fidedignos, rapidamente acessíveis para que possam ser tomadas decisões de acordo com a dimensão do problema; a avaliação da real possibilidade da entrada eminente de outros serotipos e agilizado um plano de prevenção por antecipação; o reforço da disponibilidade financeira e recursos humanos da DGAV para garantir o desempenho das suas atribuições sem constrangimentos e, por fim, que o poder político decida com celeridade no sentido de apoiar os prejuízos causados por esta calamidade aos produtores de ovinos, garantindo a subsistência do setor.

 

 

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