iStock Um estudo revelou a existência de benefícios de uma dieta seca em cães com distúrbios gastrointestinais. As conclusões são da Alfort National Veterinary School e da Royal Canin.
As enteropatias crónicas caninas definem-se por sinais clínicos persistentes ou recorrentes de doença gastrointestinal sem uma causa neoplásica, metabólica, parasitária ou outra causa infeciosa.
No estudo, foi aplicada uma dieta seca com uma fonte de proteína proveniente de penas de aves, que foi hidrolisada com ácido clorídrico, no tratamento de cães com distúrbios gastrointestinais, que não responderam a terapias dietéticas e antibacterianas prévias.
Cães com enteropatia moderada ou acentuada foram excluídos. Após a triagem, os cães entraram na primeira fase da investigação e iniciaram a dieta experimental. A endoscopia gastrointestinal foi realizada e apenas cães com evidência histopatológica de inflamação do intestino delgado confirmando distúrbios gastrointestinais foram autorizados a passar para a segunda fase do estudo.
A dieta experimental foi administrada durante 10 semanas durante as fases um e dois, e o fator primário em análise foi o sucesso clínico definido como uma redução no índice de atividade da doença inflamatória intestinal canina. Os fatores secundários incluíram a pontuação no que toca à condição corporal do animal e a consistência fecal.
Em termos de resultados, um total de 15 cães iniciaram a primeira fase, e 13 deles progrediram para a segunda, dos quais dois foram retirados na semana cinco devido a desvios do protocolo.
O sucesso no tratamento foi alcançado em oito de 13 cães na semana cinco e em 10 de 11 cães na semana 10, com a pontuação a nível de consistência fecal e condição corporal a melhorar.
“Os cães com distúrbios gastrointestinais que não tinham respondido ao tratamento dietético e antibacteriano anterior apresentaram melhorias clínicas em 10 semanas quando alimentados com uma dieta seca com uma única fonte de proteína hidrolisada em aminoácidos e oligopeptídeos, sem tratamento imunossupressor concomitante”, referem os investigadores.
