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Animais de Companhia

Veterinários reforçam mensagens junto dos tutores sobre prevenção de parasitas

Veterinários reforçam mensagens sobre prevenção de parasitas para proteger os animais iStock

Um número crescente de clínicas veterinárias tem adotado estratégias de comunicação mais consistentes e eficazes para aumentar a proteção dos animais de companhia contra parasitas, como a dirofilariose canina, pulgas, carraças e parasitas intestinais.

A mudança de comportamento surge após estudos recentes terem revelado lacunas significativas na perceção dos tutores relativamente ao risco destas doenças.

 

Segundo um inquérito, realizado o ano passado, a 1.000 tutores de cães e gatos, cerca de 40% não acredita que os seus animais estejam em risco de contrair dirofilariose, e quase 30% afirmou que os seus animais não estão sob qualquer regime preventivo.

Inspirando-se no princípio de marketing conhecido como “Regra dos 7” — que indica que os consumidores precisam de ouvir uma mensagem sete vezes antes de agir —, as clínicas veterinárias estão a implementar um novo modelo com sete pontos de contacto estratégicos ao longo da jornada dos tutores.

 

O objetivo passa por garantir que a mensagem sobre a importância da prevenção seja ouvida, compreendida e, acima de tudo, aplicada.

Entre os principais momentos de contacto estão:

  • Fazer menção às renovações de medicamentos preventivos que precisam de ser feitas no momento da marcação da consulta;
  • O envio de formulários digitais de admissão com perguntas específicas sobre hábitos de prevenção;
  • Fazer uma revisão dos produtos preventivos utilizados logo no início da consulta;
  • A presença de materiais educativos e produtos expostos na sala de exame;
  • Conversas proativas por parte dos médicos veterinários e técnicos durante a consulta ou exames;
  • Começar por recomendar inicialmente 12 doses por ano contra, sempre que possível;
  • Dar seguimento após as consultas caso o tutor não queria adquirir medicamentos preventivos.
 

Os profissionais apelam ainda à utilização da linguagem assertiva, utilizando termos como “necessita” em vez de “recomendamos”, para sublinhar a importância clínica da prevenção.

Também defendem que a conversa deve ocorrer dentro da sala de consulta, e não apenas no momento do pagamento, onde a atenção dos tutores já pode estar dispersa.

 

A adoção de tecnologia — como formulários online e envio automático de sugestões de produtos através de farmácias digitais — tem vindo a facilitar o processo para tutores e equipas clínicas. A formação das equipas de receção e assistência técnica é outro ponto central desta estratégia, garantindo que todos os colaboradores saibam como, quando e o que comunicar.

Os especialistas pretendem que esta abordagem não só aumente a adesão às medidas de prevenção, como também contribua para a saúde pública, pois muitos parasitas zoonóticos representam riscos para os humanos, e a prevenção em animais de companhia é uma das linhas da frente no controlo destas doenças.

 

 

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